A julgar pelas reacções, conseguimos tocar no coração de muita gente. Resta agora saber se teremos a sorte de ver caras novas nos próximos treinos.
O Dia do Desporto em Almada contou com a participação de inúmeras modalidades. Desde o xadrez às danças de salão, do ciclismo ao yoga, da vela ao karate. Apesar de não sermos uma modalidade desportiva, fomos convidados e claro que estivemos bem presentes na feira. No sábado e no domingo realizámos aulas abertas onde convidámos os curiosos para se juntarem a nós e experimentarem um pouco de karate. As técnicas eram básicas, chudan oi zuki, gedan-barai e pouco mais, mas foi o suficiente para plantar a semente e aguçar o apetite. A feira acabou por transformar-se numa oportunidade excelente para entregar panfletos e dar a conhecer um pouco do que é realmente o karate-do. Muitos diziam que não gostavam, que já não tinham idade, e como era divertido responder-lhes com a idade de alguns dos nossos praticantes. A julgar pelas reacções, conseguimos tocar no coração de muita gente. Resta agora saber se teremos a sorte de ver caras novas nos próximos treinos. João Pedro Pio
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Existe um provérbio antigo que diz que é preciso uma aldeia inteira para educar uma criança. É por isso que não as podemos fechar em casa e esperar que cresçam em frente à televisão. Temos que apresentá-las a outras crianças, mais novas e mais velhas, a adolescentes, que lhes dêem bons exemplos, a adultos, que as possam guiar; temos que apresentá-las ao mundo, aos elementos, à natureza. E foi isto que foi feito no passado 1 de Junho, Dia Mundial da Criança. O Parque da Paz é um local privilegiado perto do centro de Almada. Com cerca de 60 hectares de relvado e caminhos abrigados da confusão da cidade, foi o local eleito para o Encontro Nacional de Karate Infantil. Aos poucos elas foram chegando. Crianças de branco, com bonés e sorrisos. E as famílias que as acompanhavam. Chegaram também os mestres, e num instante já estávamos a chamar toda a gente para fazermos uma roda. Saudação para a frente e saudação para o sol quente. E como era um estágio de karate infantil, passámos imediatamente aos jogos. Para pôr a energia a correr e fortalecer a ligação uns com os outros, começámos por fazer corridas de estafetas, normais e noutras posições como a do sapo, do elefante, passando também pelo canguru. E prosseguimos com o aquecimento: pescoço, braços, costas, ancas, pernas, mãos, pés. Numa aula normal, passamos do aquecimento para o Kihon, onde se aperfeiçoa a técnica, e aqui não foi diferente. Tsuki e mae-geri como técnicas de ataque; gedan-barai para treinar a defesa; kiba-dachi, a posição do cavaleiro, para fortalecer a estrutura e as pernas. E para instigar a ligação com o próximo, um pouco de kumite acompanhado de jogos. E um estágio de karate não estaria completo sem um pouco de kata. Depois da saudação, cantámos os parabéns e entregámos diplomas e t-shirts, ainda com direito a fruta e bebidas para quem quisesse. No final todos concordámos que o estágio foi um sucesso. Além de permitir o treino de karate, serviu para que jovens praticantes que normalmente treinam em dojos diferentes se conhecessem e criassem ligações que, quem sabe, venham a durar muitos, muitos anos. João Pedro Pio
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José PatrãoPraticante de Karate-do Shotokai desde 1973. Discípulo directo de Tetsuji Murakami Sensei e por ele nomeado, em 1982, pª o Conselho Técnico da ASP. Representante em Portugal da Nihon Karate-do Shotokai. 5º Dan (grad.máx.NKS) Archives
Novembro 2016
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